O Brasil é dono de uma das mais amplas e diversificadas redes fluviais do mundo. Nosso País conta com a maior reserva mundial de água doce e tem o maior potencial hídrico da Terra, cerca de 12% de toda a água doce existente no planeta está em nosso território.
Para se ter ideia, aproximadamente, 97,4% da água na Terra é salgada e apenas 2,6% do planeta tem água doce. A água de rios e lagos correspondem a cerca de 0,3% ou 0,4% do volume total de água doce do planeta.
Os rios têm grande importância cultural, social, econômica e histórica, além de ser fonte de um dos principais recursos para a sobrevivência dos seres vivos: a água. Milhares de espécies da fauna e da flora, inclusive a espécie humana, consomem água de rios.
Devido à natureza de relevo, no Brasil predominam os rios de planalto, que apresentam rupturas de declive, característica que lhes possibilita um alto potencial para geração de energia elétrica. Com muitos desníveis e cerceados por cachoeiras entre a nascente e a foz, os rios de planalto apresentam grandes quedas d’água. Com exceção de alguns trechos, não são adequados para navegação, como é o caso do Rio São Francisco e Rio Paraná.
Em menor quantidade os rios que correm nas planícies são usados basicamente para a navegação fluvial, por não apresentarem cachoeiras e saltos em seu percurso. Entre os rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente de planície e muito utilizados para a navegação.
Conheça um pouco mais da história e características dos principais rios brasileiros:
Rio Amazonas – Com 6.937 km de extensão, atravessa também a Colômbia e o Peru. O Rio amazonas é considerado o segundo rio mais extenso do mundo e tem mais de 100 afluentes. Ele nasce no Peru com o nome de Vilcanota e, posteriormente, recebe os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Quando entra no Brasil, passa a se chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas.
Rio Paraná – Além do Brasil, o Rio Paraná atravessa o Paraguai, Uruguai e Argentina. Com 2.960 km de extensão, ele nasce na confluência de dois importantes rios brasileiros, o Rio Grande e o Paranaíba, entre São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Rio Madeira-Mamoré – Nasce como nome de Rio Beni, na Cordilheira dos Andes. Ele desce das cordilheiras em direção ao norte, onde recebe o rio Mamoré-Guaporé, transformando-se em Rio Madeira. Com 3.315 km de extensão este rio de planícies marca a divisão entre Brasil e Bolívia.
Rio Purus – Localizado no Acre, na Amazônia Brasileira, é um rio muito sinuoso, de águas brancas e beleza natural. Ele atravessa o Peru.
Rio São Francisco – Considerado um dos mais importantes cursos d’água do país e da América do Sul, tem 2.863 km de extensão. Sua nascente geográfica está em Medeiros. O São Francisco atravessa a Bahia, fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco e faz divisas naturais com os estados de Sergipe e Alagoas, desaguando no Oceano Atlântico. Seu nome indígena é Opara ou Pirapitinga.
Rio Tocantins – O Tocantins nasce em Goiás, passa pelo Maranhão, Tocantins e Pará, até sua foz no golfo Amazônico (próximo a Belém). Com, aproximadamente, 2.416 km de extensão é o segundo maior rio totalmente brasileiro, perdendo apenas para o Rio São Francisco.
Rio Araguaia – Com seus 2.115 km de extensão, banha os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pará. A nascente se encontra na Serra do Caiapó, próximo ao Parque Nacional das Emas, no município de Mineiros, em Goiás.
Rio Paraguai – Além do Brasil, o Rio Paraguai banha mais três países: a Bolívia, a Argentina e o Paraguai. Com 2.549 km de extensão, ele nasce na chapada dos Parecis, no mato Grosso, banha também o estado do Mato Grosso do Sul e é afluente do Rio Paraná.