Atlas Nacional Digital do Brasil 2016 tem caderno temático sobre indígenas

Atlas Geográfico Brasil

Lançado no final do mês de junho de 2016, pelo IBGE, o Atlas Nacional Digital do Brasil 2016, incorpora as informações contidas no Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, publicado em 2010, acrescidas de 170 mapas com informações demográficas, econômicas e sociais atualizadas. A publicação, que pode ser acessada por meio deste link (http://www.ibge.gov.br/apps/atlas_nacional/), traz um caderno temático sobre a população indígena no Brasil, com mapeamento inédito sobre a localização dessa população dentro e fora das terras indígenas.

Além do recurso ao texto escrito, o Atlas utiliza mapas, tabelas e gráficos e se estrutura em torno de quatro grandes temas: O Brasil no mundo; Território e meio ambiente; Sociedade e economia; e Redes geográficas.

O aprimoramento do Censo Demográfico de 2010 permite análises regionais das informações através de um amplo cruzamento de dados sociodemográficos. A população indígena que vivia em terras indígenas oficialmente reconhecidas na época de sua realização, por exemplo, era de 517,4 mil indígenas, e os maiores percentuais estavam nas regiões Norte (73,5%) e Centro Oeste (72,5%). Roraima era o Estado com maior percentual (83,2%) e o Rio de Janeiro detinha a menor proporção (2,8%).

As línguas indígenas eram faladas em maior porcentagem nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, sendo que as terras indígenas localizadas nessa última região alcançaram o percentual mais elevado, 72,4%.

O aplicativo permite navegação em ambiente interativo e o usuário pode ter acesso a todas as páginas da publicação, podendo fazer download e consultar os seus dados geográficos, estatísticos e seus metadados (informação sobre o dado).

Fonte: IBGE

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Deixe o Tapajós viver

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O Tapajós, um dos últimos grandes rios da Amazônia a correr livremente, é o mais recente alvo do governo para a instalação de megaprojetos de hidrelétricas – além de hidrovias e outros projetos de infraestrutura. São 43 grandes hidrelétricas (com mais de 30 MW de capacidade instalada) planejadas para serem construídas na bacia do Tapajós. A maior delas, São Luiz do Tapajós, é apontada como prioritária.

O rio Tapajós começa no Estado do Mato Grosso e corre na direção do oeste do Pará por 800 quilômetros até desaguar no rio Amazonas. Nesse longo trajeto, ele influencia a sobrevivência de milhares de habitantes ribeirinhos e indígenas, além de ditar o ritmo de vida dos moradores das cidades banhadas por ele, como Itaituba e Santarém.

O rio e seu regime anual de secas e cheias são a principal fonte de recursos para as comunidades. Mais do que isso: é o habitat de uma quantidade inestimável de vida e biodiversidade animal e vegetal, protegidas por um mosaico de dez unidades de conservação e 19 terras indígenas (das quais apenas quatro foram reconhecidas oficialmente). Não é por acaso que o Tapajós é considerado prioritário para o Ministério do Meio Ambiente para a conservação do bioma amazônico.

A hidrelétrica de São Luiz do Tapajós será construída no coração da Amazônia. É preciso questionar a maneira como as decisões de iniciar esses megaprojetos em biomas frágeis como a Amazônia são tomadas sem a participação da sociedade.

Também é fundamental desafiar a maneira como o Brasil está construindo sua matriz de energia, focada em megaprojetos de infraestrutura e nos deixando cada vez mais dependentes da água como principal fator de geração de energia. O Tapajós não é apenas um rio. Ele representa a herança cultural e ambiental de todos os brasileiros. Um paraíso que está sob ameaça.

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Funai publica novas normas a fim de garantir o direito de crianças e jovens indígenas

Xingu

Publicada no Diário Oficial da União em 17 de maio de 2016, a Instrução Normativa (IN) de nº 1 estabelece normas e diretrizes para a atuação da Funai com o objetivo de promover a proteção dos direitos das crianças e dos jovens indígenas e a efetivação do direito à convivência familiar e comunitária. Também visa sistematizar dados, viabilizando a proposição de medidas administrativas e articulação de parcerias com o objetivo de qualificar a atuação institucional na perspectiva estruturante em situações de ameaça iminente ou consumada de tais direitos.

O documento substitui a IN nº 01, de setembro de 2014, que apresentava conflitos de competências institucionais, de princípios norteados das ações de promoção e proteção dos direitos à convivência familiar e comunitária das crianças e dos jovens indígenas, assim como impasses conceituais.

A Instrução Normativa servirá como instrumento de referência para as instituições que compõem a Rede de Proteção da Criança e do Adolescente, estabelecida no Estatuto da Criança e do Adolescente, e também para o Sistema de Garantia de Direitos e as instituições que compõem o sistema de justiça poderem delegar e fiscalizar as ações da Funai no âmbito da promoção e proteção dos direitos das crianças e jovens indígenas.  Ainda traz como benefício o fato de evidenciar o papel do servidor da Funai nessas ações, proporcionando agilidade nas providências relativas à criança ou ao jovem, além de estabelecer limites de atuação da Funai para as demais instituições, estimulando a corresponsabilidade na execução de ações que cabem a outros órgãos e que, até então, eram de responsabilidade exclusiva da Funai.

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Estudo da OMS mostra que 80% dos habitantes sofrem com poluição em 3 mil cidades

Poluição

No dia 12 de maio a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou resultados de uma pesquisa sobre poluição ambiental que inclui informações de 3 mil cidades em 103 países, representando a maior compilação feita até o momento. O estudo mostrou que oito em cada dez pessoas que vivem em zonas urbanas respiram um ar com níveis de poluição que supera os limites recomendados pela OMS, identificando também uma situação nitidamente mais grave nos países de renda média e baixa.
Nesse último grupo de países, 98% das cidades com mais de 100 mil habitantes não cumpre com as normas internacionais em matéria de qualidade do ar, enquanto nos países ricos essa porcentagem cai para 56%.
Segundo os coordenadores da pesquisa, a maioria das nações pobres a qualidade do ar está piorando e isso se tornou uma tendência, enquanto se observa o contrário em locais que possuem renda maior. Ainda de acordo com os especialistas se for feita uma extrapolação dos dados pode-se sustentar que mais da metade da população urbana vive em cidades com um nível de poluição 2,5 vezes maior do que o recomendado e que somente 16% respira um ar que cumpre com as normas.
A OMS atribui mais de 7 milhões de mortes por ano à poluição do ar, causada pela elevada concentração de partículas que provocam diversas doenças. Se a poluição fosse reduzida para uma quarta parte, conforme os limites estabelecidos pela OMS, se conseguiria reduzir em 15% a mortalidade.

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Índios Kokama e Tikuna recebem posse permanente de terras no Amazonas

Kokama

Em 25 de abril, foi publicada a Portaria nº 485, de 22/04/2016, assinada pelo Ministro da Justiça, que declara a Terra Indígena Riozinho, localizada os municípios de Juruá e Jutaí (AM), como de posse permanente dos povos indígenas Kokama e Tikuna.

A Terra Indígena Riozinho tem uma superfície aproximada de 362.495 hectares e perímetro também aproximado de 461 quilômetros. Em termos ambientais, os limites identificados abrangem áreas necessárias ao bem-estar dos povos Kokama e Tikuna, à pratica de suas atividades produtivas e à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. Dessa forma, estão asseguradas as condições de sustentabilidade dos recursos naturais, que são imprescindíveis para as gerações atuais e futuras.

De acordo com a Portaria, houve uma contestação no sentido de descaracterizar a tradicionalidade da ocupação, mas a demanda foi devidamente analisada e não teve êxito. A Constituição prevê que os povos indígenas detêm o direito originário e o usufruto exclusivo sobre as terras que tradicionalmente ocupam.

Depois de declarada pelo Ministério da Justiça, haverá ainda o trabalho de demarcação física da área, a ser realizada pela Funai. Por último, o procedimento da regularização fundiária deve ser homologado pela Presidência da República.

Fonte: Funai

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Todo dia, era dia de índio!

Dia do Índio

Antes que os homens aqui pisassem nas ricas e férteis terras brasilis. Que eram povoadas e amadas por milhões de índios. Reais donos felizes da terra do pau-brasil. Pois todo dia e toda hora era dia de índio. Mas agora eles têm só um dia. Um dia dezenove de abril.

Como diz a canção, o homem branco chegou ao país para tirar a paz dos índios. A data escolhida para homenageá-los é 19 de abril, porém, atualmente, não há muito o que festejar. Criada pelo presidente Getúlio Vargas por meio do Decreto-lei 5.540, de 1943, a data é comemorada por todas as comunidades indígenas.

Mas você sabe por que essa data foi estabelecida? Em 1940, o México realizou o I Congresso Indigenista, no qual seriam discutidos assuntos referentes à qualidade de vida dos índios. Os próprios índios foram convidados a participar do congresso, mas, no início, não gostaram da ideia. Depois de um acordo, eles decidiram comparecer ao evento, já que seriam discutidos temas que diziam respeito a eles próprios.

A data em que foi tomada essa decisão tão importante era 19 de abril de 1940. Por esse motivo, em 1943, Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, decretou que o Dia do Índio seria comemorado em 19 de abril.

Geralmente, as festividades são realizadas nas próprias aldeias ou mesmo nas sedes dos municípios onde essas aldeias estão localizadas, com o incentivo de diversas atividades: prática de esportes tradicionais como corridas e canoagem, comidas típicas e manifestações.

Os indígenas

Os povos indígenas habitam o país há milênios antes da colonização portuguesa, que teve início no século 16, fazendo parte do grupo maior dos povos ameríndios. Na época da descoberta do Brasil, os povos nativos eram compostos por tribos seminômades que subsistiam da caça, pesca, coleta e da agricultura itinerante, desenvolvendo culturas diferenciadas.

Apesar de protegida por muitas leis, a população indígena foi amplamente exterminada pelos conquistadores diretamente e pelas doenças que eles trouxeram, caindo de uma população de milhões para cerca de 150 mil, em meados do século 20. Apenas na década de 1980, ela inverteu a tendência e passou a crescer em um ritmo sólido. No censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 817.963 brasileiros se autodeclaram indígenas, embora milhões de outros tenham algum sangue índio em suas veias. Ainda sobreviveram diversos povos isolados, sem contato com a civilização.

Muitos consideram que o destino dos povos indígenas do Brasil ainda é incerto, e esperam muitas lutas pela frente. Os conflitos que os envolvem continuam a se multiplicar, as mortes, os abusos e a violência atingem muitas comunidades, mesmo com todos os avanços, toda proteção jurídica e o apoio de organismos internacionais.

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Tribo amazônica cria enciclopédia de medicina tradicional

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Foi a primeira vez que xamãs de uma etnia amazônica transcreveram seus conhecimentos medicinais em língua nativa 

A história, a cultura e o conhecimento indígenas estão desfalecendo em todo o mundo e, até mesmo, alguns grupos indígenas inteiros estão em processo de extinção. Diante desses fatos, uma tribo na Amazônia – composta pelo povo Matsés do Brasil e do Peru – criou, em 2015, uma enciclopédia de 500 páginas para que sua medicina tradicional seja mais notável e possa perpetuar por mais gerações.

A enciclopédia foi compilada por cinco xamãs com a ajuda do grupo de conservação Acaté, detalhando cada planta utilizada pelos Matsés como remédio para curar inúmeras doenças.

Os Matsés imprimiram a enciclopédia em língua nativa para garantir que o conhecimento medicinal não seja roubado por empresas ou pesquisadores, como já aconteceu no passado.

O estudo pretende ser uma espécie de guia para a formação de jovens xamãs, principalmente aqueles que não puderam obter conhecimento com os mais antigos. Um dos mais renomados curandeiros Matsés morreu antes que seu conhecimento pudesse ser transmitido, por isso, a Acaté e a liderança Matsés decidiram priorizar a enciclopédia antes de perder mais anciãos.

A Acaté também fez um programa par conectar os demais xamãs Matsés com jovens estudantes. Por meio desse programa de orientação, os indígenas esperam preservar seu modo de vida por muitos e muitos anos.

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O Xingu cada vez mais perto

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As crianças indígenas não são diferentes das crianças da cidade. São sempre alegres e espirituosas. Gostam de nadar, pescar, brincar, correr, pular, imitar os adultos dançando e tocando flauta.
Uma criança não pede conselhos. O pai conversa com o filho sem a preocupação de ensinar. A harmonia nasce de um relacionamento estreito entre pai e filho.

O espaço Toca da Raposa traz o Xingu para São Paulo. Nesta oportunidade única, visitantes e alunos poderão vivenciar com os 50 indígenas da etnia Kuikuro seus costumes, pinturas, danças, cantos e brincadeiras que acontecem no dia a dia da aldeia.
Intercâmbio Cultural – Índios do Xingu – Período de 03 de abril a 22 de maio
Para visitantes nos finais de semana e feriados.
Para escolas e grupos, durante todo o período.

Clique aqui, para maiores informações

 

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Venha vivenciar a cultura xinguana

Índios Xingu

O Kuarup é a festa mais importante do calendário da cultura xinguana.
É quando os grupos celebram a festa em honra de suas lideranças falecidas. Na oportunidade, outros mortos são lembrados. As famílias não descendentes de linhagem aproveitam essa cerimônia para libertar a alma de seus parentes mortos, encerrando dessa maneira o período de luto. O Kuarup é a representação cênica do culto a Maivotsinín, a história da criação. Maivotsinín, herói mítico organizador de toda a sociedade xinguana.

O espaço Toca da Raposa traz o Xingu para São Paulo. Nesta oportunidade única, visitantes e alunos poderão vivenciar com os 50 indígenas da etnia Kuikuro seus costumes, pinturas, danças, cantos e brincadeiras que acontecem no dia a dia da aldeia.
Intercâmbio Cultural – Índios do Xingu – Período de 03 de abril a 22 de maio
Para visitantes nos finais de semana e feriados.
Para escolas e grupos, durante todo o período.

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Você sabe qual o verdadeiro significado da Páscoa?

Pascoa

Uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais, a “Páscoa” tem origem religiosa e vem do latim Pascae. Na Grécia antiga, esse termo também é encontrado como Paska, porém, sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pessach, cujo significado é passagem.

A data é comemorada anualmente no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre no início da primavera (no Hemisfério Norte) e do outono (no Hemisfério Sul). A data é sempre entre os dias 22 de março e 25 de abril.

Durante os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa – período conhecido como Quaresma –, os cristãos se dedicam à penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas da palmeira para comemorar a sua chegada.
A Sexta Feira Santa é o dia em que os cristãos lembram a morte de Jesus na cruz. Com a chegada do Domingo de Páscoa, eles celebram a ressurreição de Cristo e sua primeira aparição entre os seus discípulos.

Na verdade, a Páscoa já era festejada antes do surgimento do cristianismo. Tratava-se da comemoração do povo judeu por terem sido libertados da escravidão no Egito, que durou aproximadamente 400 anos.

Segundo a Bíblia, Jesus teria participado (supostamente) de várias celebrações pascais. Quando tinha 12 anos, foi levado, pela primeira vez, pelos seus pais, José e Maria, para comemorar a Páscoa, conforme narram algumas histórias do Novo Testamento.

Páscoa judaica
Entre os judeus, essa data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo do povo do Egito, por volta de 1250 a.C. onde foram aprisionados pelos faraós durante muitos anos. Essa história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde, liderados por Moisés, fugiram do Egito. Nessa data, os judeus comem o matzá – pão sem fermento – para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.

Páscoa entre cristãos
Entre os primeiros cristãos, essa data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo. Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Essa semana tem início no Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém.

O coelho e os ovos de Páscoa
A figura do coelho está simbolicamente relacionada a essa data comemorativa, pois esse animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da Antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e de melhores condições de vida, numa época cujo índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.

Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, essa data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa, sejam eles de chocolate, sejam eles enfeites, também estão nesse contexto da fertilidade e da vida.

A figura do coelho da Páscoa foi trazida para a América pelos imigrantes alemães, entre o fim do século 17 e início do 18.

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