O Carnaval e suas origens
Existem muitos mitos a respeito da origem do Carnaval, mas, na verdade, a festa surgiu por volta dos anos 600 a 520 a.C., em antigas civilizações como Grécia e Roma. Os festejos eram regados a comida, bebida e busca incessante dos prazeres.
Os gregos aproveitavam para agradecer aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Na Roma antiga, o período de festas durava sete dias e, durante as comemorações, todas as atividades e os negócios eram suspensos, os escravos ganhavam liberdade temporária e as restrições morais eram relaxadas.
Com o passar do tempo, as comemorações, que já tinham fama de serem liberais, passaram a ter muito mais bebidas e as práticas sexuais ganharam mais evidência. Isso tornou a festa intolerável aos olhos da Igreja.
Depois de um longo período de condenação religiosa, o Carnaval teve finalmente o reconhecimento da Igreja católica. A decisão causou muito espanto na população.
O papa Gregório I implantou a Semana Santa no ano 604. O período tinha de ser antecedido por 40 dias de jejum, Quaresma, em que os fiéis deveriam se dedicar exclusivamente às questões espirituais, evitando o sexo, as festas e a carne vermelha.
Esse extenso período de privações aguçou ainda mais a vontade de festejar nos dias que antecediam a Quarta-Feira de Cinzas (o primeiro dia da Quaresma). Nesse tempo em que precedia o jejum, as ruas ficavam repletas de pessoas aproveitando tudo a que tinham direito.
Foi daí que surgiu a palavra Carnaval, que está relacionada com a ideia de deleite dos prazeres, do adeus à carne. O conceito vem de uma expressão do latim Carnis Valles (Carnis, significa carne e Valles, prazeres).
As comemorações chegaram ao Brasil por volta do século 17 e foram influenciadas pelas festas europeias. Em países como França e Itália, o Carnaval acontecia em forma de desfiles urbanos, cujos foliões usavam máscaras e fantasias. Personagens como o pierrô, a colombina e o arlequim foram então incorporados ao Carnaval brasileiro.
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